"Não tinha dúvida que eles iam me matar", disse Márcio Costa, marido de Verônica Costa, na manhã desta quarta-feira (2), após ter alta médica do Hospital Pasteur, no Méier, na Zona Norte do Rio. Verônica nega as acusações e acusa o marido de ter chegado em casa já machucado e ainda lhe roubado computadores e câmeras.
Márcio negou todas as acusações da funkeira e reafirmou que foi torturado por ela e parentes por mais de 20 horas. “Verônica sempre foi agressiva. Tinha altos e baixos. Eu mantinha o relacionamento porque a amava muito. O que eu sinto é medo e desgosto. Não tenho raiva, mas quero Justiça”, resumiu.
De acordo com ele, na próxima quinta-feira (3) vai prestar esclarecimentos sobre o caso na 42ª DP (Recreio dos Bandeirantes). "As minhas testemunhas já foram ouvidas. O circuito de câmeras estava sendo instalado, mas só fazia o monitoramento, não gravava imagens", explicou.
Na segunda-feira (28), Márcio fez uma cirurgia para raspagem da pele morta devido às queimaduras que sofreu por todo o corpo.
Queimaduras e afogamento
Ainda de acordo com Márcio, no dia em que foi agredido, ele e Verônica voltaram de uma reunião de trabalho no Centro do Rio. Ele teria sido visto pelo porteiro, que lhe deu correspondências. O casal, então, teria jantado e, durante a refeição, segundo ele, ela se manteve no celular, afirmando que estava vendo emails.
“Depois entraram os parentes dela no quarto e amarraram corda no meu braço, corrente e cadeado. Ela passou a atadura na minha boca e nos meus olhos. Me levaram para o banheiro e ela fazia perguntas sobre minha amante. Eu disse que não tinha amante. Cada vez que eu falava que não, ela me agredia. Começou a falar de roubo de dinheiro. Aí eu falei que não tinha pego dinheiro. Ela jogou gasolina no meu corpo, rosto e na minha parte íntima", contou ele, afirmando ainda que Verônica mandou os parentes o afogarem.
"Na terceira vez que me afogaram, eu comecei a concordar com ela para não morrer. Ela falava o tempo todo que ia me matar. Depois que o dia amanheceu, saímos do banheiro e me desamarraram. Eu disse que ia buscar água na cozinha e consegui fugir pelo quarto de hóspedes. Fiquei na casa vizinha e de lá liguei para o meu pai, que chegou com a polícia. Os policiais viram todo o material. Cadeado, gasolina, tudo. A perícia foi chamada e eu fui para a delegacia”, completou ele.
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