Notícias: Cenas de homossexuais em Insensato Coração são vetadas

quarta-feira, 20 de julho de 2011

Cenas de homossexuais em Insensato Coração são vetadas


Embora não assumida, a censura chegou a Insensato Coração.  A novela com o maior número de personagens gays dos últimos anos, por determinação da Globo, terá que esfriar a temática. Nada de romance entre homens, nem de apologia homossexual, principalmente o namoro entre Eduardo (Rodrigo Andrade) e Hugo (Marcos Damigo), que vinha ganhando destaque. Cenas do casal já foram cortadas.

"Sou proibido por contrato de dar declarações sobre assuntos internos da empresa", limitou-se a dizer Gilberto Braga ao jornal O Dia

No entanto, o jornal apurou que o casal continuará na história, embora bem mais discreto. As cenas de violência contra os homossexuais, previstas para irem ao ar nas próximas semanas, também estão confirmadas. Xicão (Wendell Bendelack) levará uma surra de um grupo homofóbico liderado por Vinícius (Thiago Martins) e Gilvan (Miguel Roncato) será espancado até a morte por esses mesmos pitboys.

O jornal revela ainda que nos bastidores, o romance entre Eduardo e Hugo começou a enfrentar problemas no fim do mês passado. A cena que insinuava a primeira transa dos dois aconteceria num motel, mas foi transferida para a casa do professor. O ator Rodrigo Andrade, que torcia para que o beijo gay acontecesse, evita polemizar sobre a decisão da emissora.

"Recebo o texto e busco fazer o meu melhor como ator. Confio muito no Dennis (Carvalho, diretor), e principalmente na empresa em que trabalho. Fica a critério da direção da casa o que vai ou não ao ar e como serão conduzidos os conflitos da trama", disse à publicação.

Em nota oficial, a Central Globo de Comunicação (CGCOM) afirma que não há censura e alega que suas histórias são levadas a todos os tipos de públicos.

"Nossas tramas registram a afetividade e o preconceito, mas não cabe exaltação. Cabe, sim, combater a intolerância, o preconceito e a discriminação contra elas, o que temos estimulado cotidianamente, inclusive por meio de campanhas", diz a nota.


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